em tempos de tecnologia digital, maquiagens milagrosas e super retoques, embora tenhamos movimentos como o da pinhole, máquina fotográfica sem lente que é basicamente uma caixa onde não penetra luz a não ser pelo furo pequenino que funciona como o espaço onde deveria estar a lente, Vânia Toledo é dos poucos exemplos de fotógrafa documental despida de artimanhas mecânicas. na exposição Diário de Bolsa, que acontece ate 26 de outubro na Pinacoteca do Estado, em São Paulo, Vânia apresenta 150 imagens tiradas com uma câmera amadora Yashica, que Gilberto Gil apelidou de “Nhá Chica”, nos últimos 30 anos.
a imperfeição das imagens de Vânia enriquece seus flagrantes, aproxima quem vê de quem ficou registrado, simplifica figuras notórias brasileiras. sem pretensão, ela registrou lindamente memórias triviais.
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